quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

E o amor? Tem nome japonês.

Areado, que aprendi a amar como os biscoiteiros de lá amam. Sou biscoiteiro adotivo. Foi lá que conheci a minha amada.

E até hoje o "feitiço" continua. E virou amor. Amor profundo e sincero, que vem sobrevivendo às atribulações do dia a dia com serenidade, não sem dificuldades. Mas isto é normal.

Completando em janeiro quinze verões, deixo aqui o registro do meu mais profundo amor pela minha Sayonara, que comigo trouxe à Terra o nosso André, espírito lindo e carinhoso que embeleza mais ainda nossa passagem por aqui!

Sem a Sayonara, não haveria o Sílvio de hoje, nem o André.

Amo vocês! Amo porque são a minha vida!

Te amo, Sayonara! Sou um eterno apaixonado. Desligado, displicente, esquecido, preguiçoso, trabalhador, honesto, amoroso, carinhoso... Mas sou um eterno apaixonado e um marido que poderia ser melhor, com certeza, mas que é sinceramente o mais apaixonado e o que mais te admira!

Beijos.

Final de ano no PROCON Boa Esperança.

Transcrevo abaixo email enviado ao Fórum dos Procons Mineiros onde deixo minha singela mensagem de final de ano:

Amigos, Sou provavelmente o caçulinha da família PROCON. Assumi em Boa Esperança em agosto de 2008 e aprendi a gostar muito da tarefa, pela sua importância no desenvolvimento das relações de consumo no País, bem como pelo altruísmo de que se reveste a atividade de defesa do consumidor, que já nos chega "arrebentado", mal tratado, injustiçado, enfim.
Agradeço imensamente pela oportunidade que o Sr. Prefeito Jair me concedeu, designando-me para esta atividade, e confesso que, de início, relutei muito. Já laborava na Procuradoria do Município, mas me assustava a direção de um órgão de tamanha importância.
Hoje, fazendo balanço do semestre, prestaremos contas de uma evolução muito grande alcançada aqui: melhoramos o atendimento, formatamos os termos e demais documentos, cumprimidos rigorosamente os prazos e primamos pelo bom senso e pela lisura na condução de todos os casos, sejam consultas, investigações preliminares, enfim.
Agora, no apagar das luzes de 2008, rendo meus agradecimentos a todos os que contribuíram para a melhoria nos serviços do PROCON de Boa Esperança, em especial os nossos valorosos servidores, que se empenharam em atender ao nosso projeto, abraçando as mudanças propostas e erguendo a bandeira do crescimento.
"O homem é um anjo montado em um porco. Não pode é se deixar conduzir pelo porco." Sábias palavras ensinadas por Santo Agostinho, que nos servirão de base para o projeto de 2009.
Desejo a todos que no ano vindouro possamos crescer mais ainda, possamos ajudar mais ainda, aprender mais e, juntos, sedimentarmos a nossa cadeia de atendimento, formando braços fortes em amparo aos consumidores!
Força, saúde, harmonia e coragem a todos, aliado à sempre bem vinda felicidade, para que nossos caminhos sejam menos espinhosos e com os espinhos possamos crescer muito mesmo!A Luz Verdadeira nos espera, afinal!
Abraço fraterno a todos! Feliz Natal! Felizes Anos Novos!
Os desejos são os mesmos para todos os meus amigos e familiares, dentro ou fora do trabalho!
Um beijo!

domingo, 14 de dezembro de 2008

Amor: fui conhecê-lo!

Eu tenho que render meus respeitos aos sentimentos. Tenho uma companhia constante: há anos caminho pelo Planta Escola com a minha esposa, que conheci ainda estudante.

Eu, bancário, vida de cigano, recém chegado de uma "temporada" de aprendizado no Norte de Minas, fui parar na cidade acolhedora de Areado.

Frio demais. Para um "nortista", estava dentro de um congelador, embora tenho me criado em Boa Esperança, onde sempre fez frio por demais. Mas aquele dia...

Dormi em Alfenas, de domingo para segunda-feira, num hotel que, acho, nem existe mais, numa das ruas que cruzam com a praça da igreja matriz. Sozinho, mas já estava habituado, vivendo já há quase dois anos entre Montes Claros, Mirabela, Janaúba, Januária, Brasília de Minas, Pirapora (foi excelente Carnaval, embora fosse o único solteiro de vela para mais três casais)...

Mas o frio em Alfenas cortava, era de doer nos ossos. Não estava preparado para ele. Minhas roupas e meus calçados eram insuficientes... Passei a noite encolhido e embrulhado no que havia de cobertores...

Manhã seguinte, bem cedinho, embarquei num ônibus Santa Cruz para o meu destino: Banco do Brasil, na cidade de Areado. Pertinho, trinta quilômetros somente. Mas o frio era tanto que o carro estava todo embaçado, todos agazalhados e eu me achando pelado pertos dos outros, tamanho o frio que sentia.

Cheguei cedo. Era dia 25 de julho de 1988.

A rodoviária, como ainda é hoje, simples e prática, ao lado do Areado Hotel onde me hospedaria aquela semana. Atravessei a rua, busquei a porta principal e me abriguei do sereno da manhã. Fiz minha inscrição (hoje chamam de check in). Consegui um quarto com vista para a rua e fiquei olhando pela janela: que lugar diferente! Estava acostumado a ver planícies, sem muito verde, paisagem mas seca. Ali se parecia mais com a minha Boa Esperança...

Assumi na agência logo de manhã mesmo, com o saudoso gerente João Batista de Lima, com que tive algumas rusgas, mas aprendi a respeitar com o tempo, felizmente antes de seu retorno à vida verdadeira. Felizmente, pude me acertar com ele a tempo, embora sempre tivéssemos desentendimentos só de trabalho.

Morei no Areado Hotel por quase dois anos. Foi ótimo. Fiquei morando em Areado por seis anos e meio, de onde saí, casado, em janeiro de 1994, para retornar a Boa Esperança e começar a etapa mais importante de minha vida: a vida de casado, com quem amava e amo demais, talvez tendo filhos, enfim.

Mas isto é uma outra parte da história, volto já...