quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
E o amor? Tem nome japonês.
E até hoje o "feitiço" continua. E virou amor. Amor profundo e sincero, que vem sobrevivendo às atribulações do dia a dia com serenidade, não sem dificuldades. Mas isto é normal.
Completando em janeiro quinze verões, deixo aqui o registro do meu mais profundo amor pela minha Sayonara, que comigo trouxe à Terra o nosso André, espírito lindo e carinhoso que embeleza mais ainda nossa passagem por aqui!
Sem a Sayonara, não haveria o Sílvio de hoje, nem o André.
Amo vocês! Amo porque são a minha vida!
Te amo, Sayonara! Sou um eterno apaixonado. Desligado, displicente, esquecido, preguiçoso, trabalhador, honesto, amoroso, carinhoso... Mas sou um eterno apaixonado e um marido que poderia ser melhor, com certeza, mas que é sinceramente o mais apaixonado e o que mais te admira!
Beijos.
Final de ano no PROCON Boa Esperança.
domingo, 14 de dezembro de 2008
Amor: fui conhecê-lo!
Eu, bancário, vida de cigano, recém chegado de uma "temporada" de aprendizado no Norte de Minas, fui parar na cidade acolhedora de Areado.
Frio demais. Para um "nortista", estava dentro de um congelador, embora tenho me criado em Boa Esperança, onde sempre fez frio por demais. Mas aquele dia...
Dormi em Alfenas, de domingo para segunda-feira, num hotel que, acho, nem existe mais, numa das ruas que cruzam com a praça da igreja matriz. Sozinho, mas já estava habituado, vivendo já há quase dois anos entre Montes Claros, Mirabela, Janaúba, Januária, Brasília de Minas, Pirapora (foi excelente Carnaval, embora fosse o único solteiro de vela para mais três casais)...
Mas o frio em Alfenas cortava, era de doer nos ossos. Não estava preparado para ele. Minhas roupas e meus calçados eram insuficientes... Passei a noite encolhido e embrulhado no que havia de cobertores...
Manhã seguinte, bem cedinho, embarquei num ônibus Santa Cruz para o meu destino: Banco do Brasil, na cidade de Areado. Pertinho, trinta quilômetros somente. Mas o frio era tanto que o carro estava todo embaçado, todos agazalhados e eu me achando pelado pertos dos outros, tamanho o frio que sentia.
Cheguei cedo. Era dia 25 de julho de 1988.
A rodoviária, como ainda é hoje, simples e prática, ao lado do Areado Hotel onde me hospedaria aquela semana. Atravessei a rua, busquei a porta principal e me abriguei do sereno da manhã. Fiz minha inscrição (hoje chamam de check in). Consegui um quarto com vista para a rua e fiquei olhando pela janela: que lugar diferente! Estava acostumado a ver planícies, sem muito verde, paisagem mas seca. Ali se parecia mais com a minha Boa Esperança...
Assumi na agência logo de manhã mesmo, com o saudoso gerente João Batista de Lima, com que tive algumas rusgas, mas aprendi a respeitar com o tempo, felizmente antes de seu retorno à vida verdadeira. Felizmente, pude me acertar com ele a tempo, embora sempre tivéssemos desentendimentos só de trabalho.
Morei no Areado Hotel por quase dois anos. Foi ótimo. Fiquei morando em Areado por seis anos e meio, de onde saí, casado, em janeiro de 1994, para retornar a Boa Esperança e começar a etapa mais importante de minha vida: a vida de casado, com quem amava e amo demais, talvez tendo filhos, enfim.
Mas isto é uma outra parte da história, volto já...
terça-feira, 16 de setembro de 2008
Temporal em Boa Esperança: Faltou só o Whisky!
sábado, 13 de setembro de 2008
Bendito MP3!
Eu estava de carro, na rua, efetuando uma travessia em uma avenida, quando uma moça, até muito bonita, subia pelo canteiro central da avenida, no sentido da Policlínica. Do mesmo modo como vinha caminhando pelo passeio ela atravessou o cruzamento, sem sequer olhar para um dos lados, pelo menos.
Percebendo que ela não iria nem me ver, que ela poderia ser morta conforme a pancada que um outro - não eu, que a tinha visto e vinha devagar - pudesse lhe dar, parei o carro no meio do cruzamento, sem freiadas ou estardalhaço. Apenas parei.
Ela, impassível, como se estivesse na sala de casa, olhou-me com um extremado desdém de quem se acha o máximo e continuou como se nada realmente estivesse acontecendo.
- Intrépida, corajosa, confiante! pensei.
Notei, então, o motivo de tamanha alienação. Descobri porque ela estava de tal sorte absorta quer nem viu o risco que corria atravessando daquele modo uma avenida movimentada: ela tinha fones de ouvido.
Pasmei! Uma música, um som, uma batida, sei lá o que. Sei que deveria ser algo de extremamente importante aos seus ouvidos que nem a sua vida, naquele momento, importava tanto. Meu Deus!
Sempre ouvia minha mãe ensinar, e até hoje não me esqueço, que quando comprasse um carro e estivesse dirigindo, ao ver uma bola observasse que a criança, dona dela, viria correndo atrás para pegá-la, sem qualquer preocupação com a rua. E vi este ensinamento sábio modernizado, na figura de fones de ouvido, sabe-se lá em que volume estava, pois que nem mesmo o ruído do carro ela percebeu.
Mãe, aprendi bem a lição, viu? Só que desta vez ví a dona dos fones antes de vê-los!
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
GLS
Lá, nos encontramos com ex-colegas dela de residência médica, hoje diletas amigas, com quem pudemos por a prosa em dia. Além de muitos ex-professores, hoje, igualmente, amigos diletos.
Uma das amigas, Elza, estava toda incomodada com a gozação que recebia de outras que com ela viajaram de ônibus de BH para o evento. Vieram se divertindo pelo caminho, conversando e a Elza é sempre uma pessoa autêntica, extrovertida e muito divertida.
Já em Juiz de Fora, o motorista do ônibus se perdeu, não sabendo bem como andar pela cidade, que é bem grande, tem um trânsito movimentado e a sinalização é um tanto precária para um município daquela estirpe. Haja vista, por exemplo, que eu estava dirigindo por lá e não vi, dentro da cidade, nenhuma sinalização apontando Belo Horizonte. Só Rio de Janeiro.
Ela, então, incomodada com a possibilidade dos atrasos que naturalmente adviriam, dirigiu-se ao motorista, como toda a sua classe, e lhe disse que ele deveria adquirir um GLS.
Ninguém entendeu nada, pelo que nos disseram depois as outras amigas, Valéria, Regina, Cléia, Celinha, enfim... GLS, na explicação mais original que conheço, passada pelo "sábio" José Simão, colunista da Folha de São Paulo, seria gays, lésbicas e Suplicys.
Ela, então, se explicou, com a naturalidade que lhe é peculiar:
- Gente, GLS é aquele aparelho via satélite que tem todos os mapas, as ruas... Com ele não tem como se perder.
Ótima idéia. Mas o aparelho chama-se GPS.
Houve uma confusão, até corriqueira, pois vivemos hoje no mundo das siglas. GPS, INSS, PIS, Cofins, FGTS, STF, STJ, TJMG, SOGIMIG, TEGO, FEBRASGO, OAB, CRM, PETROBRAS, BLOG...
Sem contar as ininteligíveis abreviaturas que lemos diariamente nas mensagens, escritas no famigerado internetez: blz, td ok, t+, flw, vlw, bj, kra, tbm, ... Daaaaaaaammm!
Sabe, a Elza está é certa. Vamos simplificar as coisas: compre um GLS, ande com segurança em qualquer local e pronto. O resto, quando der nós aprendemos mais.
Beijo Elza.
HOMENAGEM AOS AMIGOS ALVINEGROS
Pois sim, mesmo achando que o preto de fundo era bastante sóbrio, dava uma impressão de seriedade, mudei para o fundo azul.
Mas não foi por provocação, não.
Não apenas por não ser membro das correntes que congregam os clubes alvi-negros, sempre achei que o azul fosse uma cor viva. O céu é azul, o mar, enfim. E azul e branco sempre foram minhas cores favoritas, como diz o André, meu amado filho!
Assim, espero que, até que eu aprenda a desenvolver meu próprio blog, o espaço e a formatação padrão estejam a contento e - o mais importante - as informações e as crônicas.
Beijos a todos.
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Bom dia, Blog!
Teve um show de uma banda até então desconhecida de mim, mas que acabei comprando um CD deles. É muito boa. Antes, jantamos num lugar antigo, chamado Berttus, que serviu na telha uma comiga excelente!
Agora, estamos em aula. Vou "bater stand" no melhor estilo bater loja, ver se consigo uns bloquinhos, amostras, folders, enfim, minha função de acompanhante...
Abraços a todos!
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
AINDA MORRO DISSO!
Ah claro.... como poderia ter me esquecido daquele lendário escrete de 1953, campeão após vencer emocionante partida contra o Quinze de Quatorze, tendo como jogadores Bigorna, Manquitola, Joanete, Cachaça e Paulo Muquifo; Pezão, Bisgüila e Jotalhão; Mascate, Zenóbio e Cegueta...... Que saudades.... bons tempos aqueles!!! rs
Gente, isto é muito bom! A escalação desse time é um caso de Guiness: maior quantidade de apelidos em uma só agremiação.
Apelidos assim não via, tão bem aplicados, desde o famoso Prosa Ruim dos meus bons tempos de Banco do Brasil S.A.
Não podemos negar: brasileiro é mesmo bem criativo.
terça-feira, 26 de agosto de 2008
POPATAMPATAIO!
Hoje ouvi de uma pessoa a expressão do título. Olha, há muito não me espantava tanto com uma coisa tão corriqueira nos meios interioranos.
Na repetição da novela da tarde, que durante a prosa ouvi de soslaio, a personagem disse ao interloculor que " a pessoa procurada estava na vila próxima, mas que 'dois palito' estava de volta".
- Sensacional! eu disse. Não ouço isso há muito tempo.
Exclamei com a convicção de que era algo muito divertido que não ouvia ser dito assim, numa narração em prosa, de forma tão natural!
Dois palito é coisa antiga, de roça mesmo, que significa que a pessoa volta logo, bem depressinha.
Ao terminar de me deleitar com o termo, a pessoa que me acompanhava na prosa original, rindo-se de minha descontração com o ocorrido, lembrou-se de outro tema muito engraçado. Disse:
- Popatampataio.
- O quê?
- Não se lembra disso? Os antigos pediam na farmácia, para curar ferimentos: - Moço, tem popatampataio?
- Que isso! Não me lembro dessa pérola.
- Era o nome "genérico", mais conhecido pelo povão, de um pozinho abençoado que fechava ferimentos mais resistentes. Anasceptil Pó. É penicilina em pó.
Que beleza! Foi um aprendizado importante e divertido! Adorei saber que existia um popatampataio.
Eu que me esfolei muito, que joguei muita bola no campinho do Elpídio, que brincava e me machucava entre as máquinas da serraria dele, que passava longas tardes nos quintais infindáveis do João Toninho, que me ralava todo em artes e molecagens, nunca usei popatampataio.
Puxa, o que eu não perdi de experimentar nessa vida...
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
Tô cansado...
terça-feira, 19 de agosto de 2008
Os Ipês da Rodoviária
VEXAME NACIONAL NA OLIMPÍADA/2008
A medalha olímpica é um sonho nacional. Não pertence aos mercenários que foram lá. Perder um jogo é parte do esporte, mas perder com dignidade, lutando para vencer, demonstrando raça e amor pela camisa que vestem.
Foi um vexame. Espero que seja sempre um vexame pessoal para cada um dos que demonstraram em Pequim a sua fraqueza moral, seu descaso para com os brasileiros e para com o Brasil, que os honra com a cidadania e espera ser por eles bem representado, o que não ocorreu.
Gente, é muito triste ver a nossa representação, a nossa seleção, o orgulho nacional, sofrer um baile daqueles, um olé em cadeia mundia...
Credo, da até vergonha comparar esta turma com a seleção de 70, com a melhor do mundo de todos os tempo, a selçao de 1982, que perdeu de cabeça erguida, em um jogo espetacular, coisa do esporte mesmo.
Mas hoje, só pensam mesmo em grana, mulherada, vida boa... Ronaldinho Gaúcho ia para a Inglaterra ganhar $180.000,00 libras por semana. Isto acaba com a vontade de uma pessoa defender o seu país pela camisa canarinho, pela honra de ser brasileiro e estar lá onde qualquer um de nós gostaria de estar, dando seu sangue, sua vida pelo Brasil.
Perdoem meu desabafo. Estou ficando velho para ver este filme se repetindo, e com tanta freqüência assim.
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
Defesa do Consumidor
Agora, começamos uma nova era. Para mim, que precisarei de um aprendizado intensivo sobre o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, que terei mais contato com o Ministério Público Estadual, pois a coordenação geral é feita por ele. E para os meus aqui colegas, que terão um novo coordenador que pretende ser um novo amigo, um colega de trabalho, mas que tem a obrigação de cobrar os resultados, de monitorar todo o funcionamento do sistema, de ver se conseguimos implementar um melhora significativa no serviço de atendimento ao consumidor e nos serviços prestados em todo o nosso município.
Espero conseguir. Preciso da ajuda de todos. E de Deus, que jamais me deixou em dúvida sobre Ele!
quinta-feira, 24 de julho de 2008
A Morte do Cachorro!
Mas o sofrimento não seria só este. O André não sabia da morte do seu amigo, o Fiel. Dissemos a ele que o cão estava velhinho, doente, e o Papai do Céu o levou embora, para cuidar dele e curá-lo. Mas ele não se conformou. Perguntava todos os dias quando o amigo voltaria. Solução: dissemos a ele que Papai do Céu viu que o Fiel estava muito doentinho, pôs nosso grande amigo em uma máquina, encolheu-o e ele voltaria logo logo como um bebezinho, para o André cuidar dele.
Bingo! Foi uma solução mágica. Ele aceito prontamente a explicação. Mas o problema não acabou aí: - Papai, quando o Fiel voltará? Ai, ai, ai!
Outra solução: encontramos um filhote igualzinho ao Fiel. Compramos o bichinho e resolvemos o problema novamente. Ele adorou cuidar do cachorrinho, filhotinho... Continua adorando e cuidando do Fiel com todo gosto.
Mas, por umas voltas destas da vida, falei com ele que um dia eu devo ir para o céu, embora sejamos todos de formação espírita. Que má nota! Ele ficou entristecido, sem entender como poderia ser isto... Chegou a chorar, lamentando-se como viveria sem o papai, somente com a mamãe.
Expliquei a ele que a mamãe e o papai jamais sairão de perdo dele. Disse que ficaremos velhinhos, cabecinhas brancas e que ele irá cuidar de nós, vai dirigir o carro pro papai, levar-nos ao médico, enfim.
Ufa! Parece que contornamos o efeito nefasto de uma prosa ruim destas. Mas ele ainda está meio triste, às vezes toca no assunto. Fiquei tremendamente triste com o ocorrido. Agora, estou ligando durante o dia, buscando mais contato com ele para apagar esta impressão.
Credo! Criança é muito ligada!
segunda-feira, 21 de julho de 2008
COPA DE 78
domingo, 20 de julho de 2008
Boa Esperança!
MAIS CAVALADA
Na rotatória, mais ao final do vídeo, eles sobem novamente na calçada, avançando sobre os transeuntes e os veículos que estavam circulando.
As imagens não são tão boas nem tão precisas porque foram captadas pelo celular.
Amigos, vou encerrar aqui minha indignação. Primeiro porque não pretendo enchar os olhos de quem lê com as minhas lamúrias. Segundo, para evitar um monoideísmo nefasto.
sábado, 19 de julho de 2008
"CAVALADAS EM BOA ESPERANÇA"
Ando espantado com a quantidade de cavalos, soltos e montados, em nossa cidade. Dia 13/07/2008, voltando do almoço na Festa do Boi no Rolete que estava mesmo muito boa - deparei-me com dois cavaleiros na Beira Lago, SOBRE O PASSEIO, obrigando os transeuntes, especialmente os que faziam sua salutar caminhada, a descerem para a rua para não serem atrolepados. Eu tirei duas fotografias com o celular e pretendo ver como publicá-las aqui. Prometo fazê-lo logo.
Hoje, mesma coisa: três cavaleiros se esbaldando na Beira Lago, sobre o passeio, no gramado, enfim... Desta vez, filmei com o celular. Assim que possível, publicarei as imagens, que servem de indignação.
Como cidadão, entendo que todos têm o direito de passear pela cidade. Se a cavalo, devem seguir as mesmas restrições que os demais veículos.
A lei de trânsito é a mesma para TODOS, inclusive cavaleiros, ciclistas, motociclistas, motoristas e pedestres, embora quase ninguém a observe, nem mesmo ao volante.
Decepciono-me muito e sofro bastante, porque minha indignação com o descaso pela vida é grande.
Espero - antes do meu desencarne - ver uma melhora no trânsito e na violência de nossa cidade e de nosso país.
domingo, 8 de junho de 2008
Academia Dorense de Letras - 10 anos!
07 de junho de 1998.
Um passo enorme para a cultura de Boa Esperança tomou corpo: um grupo de notáveis e cultos escritores se reuniu em torno de um ideal e deu forma a um sonho que povoava o imaginário de muitos.
Sonho que se sonha só
É só um sonho que se sonha só
Mas sonho que se sonha junto é realidade.
Raul Seixas assim bem se expressou, com sua inspiração conhecida. E deu a isso o nome de Prelúdio, primeiros passos, iniciação, aquilo que precede ou anuncia alguma coisa, prenúncio. Foi mesmo o prenúncio de iniciativa de extrema grandeza!
Caminhando nas pegadas de Machado de Assis, Rui Barbosa, Olavo Bilac, José do Patrocínio, Clóvis Beviláqua, e outros notáveis, liderados pelo inesquecível José Lourenço Leite Naves, o sonho recebeu o inolvidável nome de Academia Dorense de Letras! Estava aberto o caminho para a iluminação da comunidade acadêmica de nossa cidade!
A idéia era “fundar um movimento cultural e literário” que pudesse promover a “disseminação da cultura, da verdade e do bem”, como se lê claramente na Ata de Constituição da nossa ADL.
Vemos aqui um objetivo maior, altruísta. Nenhum daqueles ilustrados fundadores trazia consigo interesses meramente pessoais. Visava-se o bem comum, o desenvolvimento das letras, da cultura e a busca pela verdade, esta última a pedra de toque da Humanidade em todos os tempos.
Foi eleita nossa primeira Diretoria, por aclamação, naquele mesmo ato, que ficou assim composta:
Presidente: Farmacêutico José Lourenço Leite Naves;
Primeiro Vice-Presidente: Comendador Geraldo Freire da Silva;
Segundo Vice-Presidente: Farmacêutico João Júlio de Faria;
Primeiro Secretário: Mário de Oliveira Moscardini;
Segundo Secretário: Professora Áurea Neto Pinto;
Tesoureiro: Professor Érik Figueiredo Freire;
Diretor de Publicidade: Doutor Wagner Augusto Portugal;
Diretor de Cerimonial: Professor Militão Batista Brasileiro;
Diretor de Biblioteca: Bancário Rui de Souza.
Para o Conselho Fiscal, foram eleitos igualmente por aclamação os seguintes acadêmicos:
Efetivos:
Professor Antônio Borges Maia;
Professora Jane Marilda de Oliveira;
Universitário Rogério Moreira.
Suplentes:
Professora Cecília Figueiredo;
Professor Rander Maia;
Doutor Cassimiro Túlio Freire Silva.
Imagino que deve ter sido uma boa farra, uma verdadeira farra literária, pois que ali presentes cérebros de tão elevada cultura somente se poderia alcançar debates e proposições de elevada significação.
No mesmo dia, ato contínuo, por excesso de zelo – como era do seu proceder – o Senhor Presidente eleito da ADL deu prosseguimento aos históricos trabalhos daquele dia, passando-se à ouvida do Hino Nacional e à invocação a Deus. Estes salutares hábitos são mantidos até hoje nas sessões desta Academia.
Socialmente, prestaram-se algumas homenagens a personalidades importantes da cultura de nossa terra, como o prezado Dr. Olavo Freire Silva, patrono especial da Academia. Em seguida, o acadêmico Dr. Geraldo Freire da Silva falou sobre o papel de uma academia de letras no cenário histórico e cultural da sociedade humana, frisando que Boa Esperança, terra de notável índice cultural e cívico, preenchia lacuna sentida no seu seio cultural.
Reforçou o louvor merecido pela iniciativa e entusiasmo do Doutor José Lourenço, indiscutivelmente o maior mentor desta Casa de Letras, a quem devotamos hoje nosso reconhecimento e as homenagens devidas ao grande literato, ao poeta que me propiciou o deleite de ouvi-lo recitar, vez ou outra, de cor, todo o seu romantismo.
Foi dado aos presentes o prazer de ouvir o Acadêmico Mineiro de Letras, Dr. Milton Reis, que manifestou suas congratulações pela fundação da ADL, colocou-se à disposição para auxiliar no que fosse necessário, demonstrando em sua fala a sua peculiar cultura literária e histórica.
Prece sentida proferida pelo acadêmico Mário Moscardini, após leitura de soneto de José Lourenço Leite Naves, precedeu ao encerramento daquela sessão histórica e emocionante, sendo exortados todos os acadêmicos a ajudarem a carregar a bandeira então erguida.
Após ser ouvida por todos a música Serra da Boa Esperança, de Lamartine Babo, passou-se à nominata de todos os acadêmicos apresentados e aplaudidos pelos presentes.
Em sessão datada de 28 de junho de 1998, foi posto em votação projeto de Regimento Interno da ADL. Ainda, pelo saudoso acadêmico Antônio Borges Maia, foi proferido panegírico de seu patrono, Dom Inocênio Engelke, sendo aplaudido pelos presentes devido à sua conhecida cultura e estilo peculiar.
Também falou de seu patrono o acadêmico Lamartine da Silva Miranda, que escolheu o mineiro João de Guimarães Rosa. Foi igualmente aplaudido por todos.
O regimento interno foi aprovado, não sem antes ser acaloradamente debatido pelos acadêmicos, que teceram seus providenciais comentários sobre o seu texto.
Ainda se votou a admissão de três sócios correspondentes, aprovados unanimemente pela assembléia, além do lançamento do livro “Última Edição”, do confrade Tácito Naves Sanglard, que, em nobre gesto, doou o produto do lançamento à Academia e ao Grupo das Samaritanas.
Em agosto de 1998, outra reunião deu-se no recinto da Secretaria Municipal de Educação, sendo uma sessão magna, onde se homenageou a memória dos saudosos Dr. Laércio Freire Silva e Jacintho Felizali, que recentemente haviam deixado este planeta, respectivamente pelos acadêmicos Áurea Neto Pinto e Mário Moscardini.
Agradeceram as homenagens o Dr. Celso Barbosa Freire, em nome da família de seu saudoso pai Laércio Freire Silva, e Denise Felizali, representando a família de seu avô Jacintho Felizali.
Saudosos confrades e confreiras ilustraram os anais desta agremiação, sublime assembléia de letras, sempre com intuitos altaneiros!
Saudosos mas sempre lembrados, porque imortais são as obras que tornam imortais os seus artífices. Foram artífices de grandes obras, que legaram à posteridade uma enormidade de literatura, de bom convívio, de amizades que transcenderão, certamente, os umbrais do passamento.
Serão sempre lembrados pelo fardo que encararam com extrema hombridade, deixando-nos herdeiros de uma Academia de Letras que apenas decenária, ainda nem adolescente, já consegue auferir seus primeiros objetivos: a “disseminação da cultura, da verdade e do bem”.
Certamente, temos hoje uma tarefa menos penosa. A parte mais difícil foi feita. Os desbravadores do conhecimento, como aqueles Bandeirantes de nosso surgimento como Nação, abriram os caminhos na mata selvagem da ignorância, criando uma nova bandeira a ser carregada com orgulho por todos os esperancenses.
Como Platão, que legou à humanidade a acepção de Academia como o local de reunião e de disseminação de grandes conhecimentos, nossos fundadores legaram a Boa Esperança esta que é o nosso orgulho: Academia Dorense de Letras!
Peço vênia por empenharem-me os ouvidos por tanto tempo. Cumpriu-me a doce tarefa de ler documentos históricos, pinçando deles um ou outro aspecto relevante para ser trazido aqui. Agradeço por esta honraria!
Por certo, nosso intento foi trazer breve relato. Mas estamos certos de que a Academia Dorense de Letras, com sua decenária história, logrará o êxito proposto em sua fundação!
Caminhamos pelas lides tortuosas da cultura em um mundo onde esta mesma cultura sofre com a constante mudança de costumes, de linguagem, esta enriquecida pela facilidade de informação e empobrecida, em certos casos, pelo malsinado internetez.
Mas venceremos, pois lutamos o bom combate e guardamos a fé, como sabiamente se lê no Livro Sagrado: a fé nas letras.
À Academia Dorense de Letras por esta especial deferência, muito obrigado! E a todos, igualmente, pela paciência!
Boa noite!
Oração proferida pelo Acadêmico Sílvio Antônio Machado de Figueiredo, em 03/06/2008, no Radium Clube Dorense,
terça-feira, 27 de maio de 2008
Minha missão.
Meu caminho é um só. Rumo agora, de forma segura e firme, para ele. Vencerei logo e meus amigos ficarão felizes comigo. Minha família merece meu melhor esforço e não os decepcionarei jamais.
segunda-feira, 26 de maio de 2008
Chegando na Área
Espero conseguir, vez ou outra, postar algum assunto que seja interessante aos leitores. E peço, lado outro, que deixem comentários que possam incentivar minha investida nesta página.
Um grande abraço a todos os amigos leitores!