Outro dia, sofremos uma perda grande. Nosso cão, o Fiel, pastor canadense de 09 anos, morreu. Sofreu muito nos extremos da agonia... Mas foi fiel até o fim, esperando a nossa chegada em seu socorro, mesmo que nada mais se pudesse fazer, morrendo em nossos braços. Soubemos depois que havia sido envenenado com chumbinho, ato praticado por alguém que já fez o mesmo umas trinta vezes, mas não soubemos quem foi o arteiro.
Mas o sofrimento não seria só este. O André não sabia da morte do seu amigo, o Fiel. Dissemos a ele que o cão estava velhinho, doente, e o Papai do Céu o levou embora, para cuidar dele e curá-lo. Mas ele não se conformou. Perguntava todos os dias quando o amigo voltaria. Solução: dissemos a ele que Papai do Céu viu que o Fiel estava muito doentinho, pôs nosso grande amigo em uma máquina, encolheu-o e ele voltaria logo logo como um bebezinho, para o André cuidar dele.
Bingo! Foi uma solução mágica. Ele aceito prontamente a explicação. Mas o problema não acabou aí: - Papai, quando o Fiel voltará? Ai, ai, ai!
Outra solução: encontramos um filhote igualzinho ao Fiel. Compramos o bichinho e resolvemos o problema novamente. Ele adorou cuidar do cachorrinho, filhotinho... Continua adorando e cuidando do Fiel com todo gosto.
Mas, por umas voltas destas da vida, falei com ele que um dia eu devo ir para o céu, embora sejamos todos de formação espírita. Que má nota! Ele ficou entristecido, sem entender como poderia ser isto... Chegou a chorar, lamentando-se como viveria sem o papai, somente com a mamãe.
Expliquei a ele que a mamãe e o papai jamais sairão de perdo dele. Disse que ficaremos velhinhos, cabecinhas brancas e que ele irá cuidar de nós, vai dirigir o carro pro papai, levar-nos ao médico, enfim.
Ufa! Parece que contornamos o efeito nefasto de uma prosa ruim destas. Mas ele ainda está meio triste, às vezes toca no assunto. Fiquei tremendamente triste com o ocorrido. Agora, estou ligando durante o dia, buscando mais contato com ele para apagar esta impressão.
Credo! Criança é muito ligada!
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